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Gestação: quais os benefícios em praticar Yoga nesta fase?

Atualizado: 6 de fev. de 2022


Um período de reajustes onde a saúde física e emocional, além da capacidade de resiliência, da mulher é colocada à prova, a maternidade chega trazendo desafios desde o momento da primeira suspeita de gravidez.


Para a ciência, gestação é o período de cerca de nove meses, nos seres humanos, contado a partir da fecundação e implantação de um óvulo no útero até ao nascimento. Para a mulher, é um momento de transição, redescobrimento e reconstrução.


Neste espaço de tempo a nova mãe não passa apenas pela mudança em seu corpo físico para conceber e abrigar uma nova vida, também tem sua psique e o seu papel sócio-familiar, alterados. E esse é o período onde ocorre a maior incidência de transtornos psíquicos na mulher, chegando a cerca de 10 a 15% de depressão pós-parto em diferentes países ao redor do mundo.


A alteração psíquica da gestante estimula a produção de hormônios que atravessam a barreira placentária atingindo o feto em desenvolvimento. Dessa maneira, alteram a própria composição placentária e do ambiente fetal.


Por esses motivos estudos apontam que prejuízos na saúde mental da gestante podem alterar a relação mãe-feto e futuramente o desenvolvimento da criança, que inicialmente pode se expressar no recém-nascido em forma de choro, irritabilidade ou apatia e futuramente provocar distúrbios afetivos quando adultos.


É de conhecimento geral que a prática de Yoga promove saúde - física, mental e emocional - e bem estar para todos os praticantes. Com a prática regular nosso organismo passa libera serotonina, endorfina e dopamina, substâncias que aumentam a oxigenação sanguínea, o relaxamento muscular e a sensação de prazer. E também reduz os níveis de cortisol, o hormônio ligado ao estresse.


Um estudo realizado com gestantes em 2013, pelo Centro de Investigação em Saúde Fetal da Universidade de Manchester, no Reino Unido, comprovou que o Yoga pode ajudar a amenizar sintomas de ansiedade e estresse durante a gravidez. Neste estudo os pesquisadores apontaram que uma única aula de yoga é capaz de reduzir os níveis de hormônios do estresse em 14% nas mulheres em período gestacional. Isso acontece porque a atividade relaxa o corpo e fazem o cérebro liberar a serotonina, como mencionado acima.

Segundo a ginecologista e obstetra Karen Camarotto, do Hospital Pérola Byington, de São Paulo, equilíbrio mental, flexibilidade corporal e uma boa postura - que previnem as dores nas costas - são alguns dos resultados encontrados no Yoga. Além de preparar o assoalho pélvico - músculos da região entre as pernas que ajudam a controlar o ânus, a vagina e a uretra - para o parto normal. E promover o aumento a circulação sanguínea e a melhora no funcionamento dos rins, diminuindo o inchaço tão comum no fim da gestação.


Os pranayamas, técnicas de controle da respiração, além de trazer benefícios como diminuir os enjôos, melhorar quadros de insônia - comum neste período - e acalmar a mente despertando uma consciência de controle sobre o estado emocional, o que também ajuda durante o parto.


Ao praticar yoga e meditação estreitamos a relação com a mulher que somos através do autoconhecimento, ficamos mais conscientes das mudanças em nosso corpo e atentas ao nosso estado emocional. Estabelecemos relação e desenvolvemos compaixão pela mãe que queremos ser. Aprendemos a julgar menos e amar mais, idealizar menos e viver mais o momento presente. Lembramos de nos conectar com o ato de respirar ancorando nossa atenção no exato momento pelo qual estamos passando, aumentamos o vínculo com nosso bebê.


Yoga significa união, e se neste plano existe algum momento de maior unificação entre dois - ou mais - seres do que a gestação, eu desconheço!




 
 
 

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